- Área: 830 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:James Brittain
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Fabricantes: Alcora, Lalonde et fils, Stone work
Descrição enviada pela equipe de projeto. O programa de ocupação desta residência foi fragmentado em quatro pavilhões de acordo com um plano orgânico, liberando um espaço central que parece completamente externo. Como o "coração de um vilarejo" este espaço une os outros corpos do edifício, que são geometricamente diferentes entre si.
Esta composição arquitetônica surge mais a partir da topografia especial do lote do que de qualquer pré-concepção formal. Portanto, a inclinação suave do terreno favoreceu o desenvolvimento "escalonado", garantindo a entrada constante de luz natural em todos os espaços.
O pavilhão localizado mais a sul contém a sala de estar e os espaços sociais da residência, abrindo-se generosamente ao exterior para oferecer um maior ganho de energia durante o inverno. O volume é aberto, com pouca hierarquia programática. Essencialmente, combina as funções relacionadas com o preparo de comidas em todos os aspectos que unem as pessoas: não uma cozinha combinada às salas de estar e de jantar, mas um espaço versátil para receber os hóspedes.
As outras alas, dedicadas às áreas de dormir, dão espaço a generosos locais para relaxamento corporal. Uma destas alas inclui as áreas privadas dos proprietários, enquanto os dormitórios estão distribuídos na outra. As saunas seca e úmida e os grandes chuveiros pontuam os espaços destes volumes e dão às instalações um aspecto e sensação de "vivido". Na parte externa, a piscina tradicional foi substituída por um pequeno lago de água fria que complementa a seqüência de saunas e banheiros de vapor desses pavilhões.
Um último volume acomoda os lugares de trabalho em dois pavimentos, situando-se distante em relação às áreas de vida da casa, separados por um espaço ao ar livre. Este volume se destaca por sua forma simétrica, com uma cobertura pontuda e se posiciona muito acima do resto do edifício para desempenhar o papel de "área de hóspedes" para os visitantes que às vezes vem a negócios. Por último, o térreo contempla uma área de trabalho e uma oficina de manutenção e artesanatos.
A fabricação de cada pavilhão cria um conjunto heterogêneo. Em última instância, trata-se de uma arquitetura enraizada na terra, produzida com um "tempo de projeto" completamente diferente. A forma emerge do solo, mas também de sua história, de uma paciente busca de materiais que já estão "ali". Sua natureza orgânica se refere às nossas tradições rurais mais do que aos cânones modernistas que buscam a novidade a qualquer custo.
Descrição do produto. Os materiais utilizados nesse projeto foram, em grande medida, reciclados: os revestimentos de paredes internas e externas provêm de uma serraria abandonada e as peças do piso foram recuperadas de uma antiga pedreira. A casa está orientada ao sul para permitir um maior ganho de energia passiva que, combinado a um sistema geotérmico, garante a eficiência energética global.